Estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) indica que as aquisições de planos médico-hospitalares direcionadas a pessoas com mais de 60 anos são as que mais crescem no Brasil, indicando um nicho de mercado que pode ser melhor explorado pelos Corretores de Seguros que atuam no ramo saúde. De acordo com o levantamento, nos últimos 10 anos, o número de contratos desse grupo etário passou de 5,7 para 7,2 milhões, alta de 26,6%, um registro recorde.
A maior prevalência (59%) é do sexo feminino, correspondente a 4,3 milhões de vínculos. A maior concentração de beneficiários acima dos 60 anos está em São Paulo (37,1%) com 2,7 milhões de contratos, seguido por Minas Gerais (14,7%) com 1,1 milhão e Rio de Janeiro (11,2%) com 806,3 mil.
Em relação ao tipo de contratação, as adesões a planos coletivos, especialmente os empresariais, que são oferecidos por empresas aos colaboradores, foram as que mais cresceram. A modalidade teve registro de alta de 33,8% – eram 2,3 milhões de vínculos em dezembro de 2013 e atingiu 3 milhões em dezembro de 2022. Já os coletivos por adesão passaram de 1,3 milhão para 1,5 mi (19,2%) no mesmo período.
Segundo o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o aumento é representativo, sobretudo no grupo etário com 80 anos ou mais, levando-se em conta que no mesmo período, o número total de beneficiários com planos de saúde subiu apenas 1,9%. “É um grupo mais suscetível, pois muitos desses octogenários convivem com uma ou mais doenças crônicas e que demanda atenção especializada, complexa e continuada, ou seja, precisam utilizar mais os serviços. Como se trata de contratos com mensalidades mais elevadas, sabemos do esforço que esses idosos precisam fazer para mantê-la, bem como adquirir esses planos” afirma Cechin.